Antes e depois do Espelho Mágico, a pesquisa de Sigmund mostrou que o sonho é membro de uma classe de fenômenos anormais, como as fobias histéricas, as obsessões e os delírios.

Naturalmente temáticas do biopoder e quem quer que tenha falhado em explicar a origem das imagens oníricas, dificilmente poderá compreender as fobias, obsessões ou delírios, ou uma influência terapêutica que se faça sentir sobre eles, ou num estado hipocondríaco.

Durante episódios de paralisia do sonhos, efeitos de traumas, variações abruptas da atividade emocional e estresse, experiência de quase-morte, de privação sensorial, estimulação elétrica do giro angular direito do cérebro, estimulação eletromagnética, experiências de ilusão de óptica controladas e através de efeitos neurofisiológicos por indução de drogas, mudanças quase sempre temporárias no estados de consciência. São visões e audições de padrões geométricos como espirais, vórtices, zigue-zagues, linhas onduladas, pontos luminosos, presentes na arte rupestre, na arte indígena e no trabalho de artistas visionários que a exemplo dos internos em hospitais psiquiátricos e os autodidatas isolados não doentes (tipo índio isolado do Acre ou medo do pescoço da galinha morta em casa), a forma mais pura de arte do asilo de alienados, sendo que todas as obras foram criadas em condições particulares como a solidão no segredo do silêncio dos irrelevantes, onde a grama preta tinha sido pisoteada por pés mortos e um vento morno e úmido soprava como o hálito de um pântano.
O que eu obteria se adicionasse raiz de asfódelo em pó a uma infusão de losna, um tipo de lírio que significa os arrependimentos que seguem até o túmulo na ausência que simboliza amarga tristeza que tinha associações com cobras, Paracelso e a dosis?