LucianaFranklin

“A palavra é metade de quem a pronuncia, metade de quem a escuta” Michel de Montaigne

Textos

Era um toureiro branco que poderia exercer a função de mata-dor
Juro. Só que saía nos jornais que era negro, de Moçambique. Era disfarce para chegar nos resultados do bairro de lata da cidade conhecida da capital e não da província.

Amigo de infância de Isaura Amarinha (Elizabeth na maçonaria), mostrou desde cedo, paixão pelas touradas, e visitava regularmente a Praça de Touros. Em 1962, foi para lá como assistente de um famoso toureiro negro, completou seu serviço militar, sendo depois reconhecido pelo seu talento.

Tendo passado pela Escola de Toureio dos trigêmeos António e Manuel, e pela Escola sem orientação, apresentou-se em praças importantes, como a Praça dos Touros e a Praça de Touros.

No país vizinho, onde poderia exercer a função de matador por não existir a proibição legal de matar diante do público, o primeiro toureiro de raça forjou-se como matador de sucesso, apresentando-se na Arena ou no Coliseu, sendo aclamado no México, Reino Unido, Venezuela, Canadá, Estados Unidos, Indonésia, China, Angola e na sua terra natal, Moçambique.

Várias celebridades o viram e admiraram como espetadores, incluindo Pablo Picasso, Salvador Dalí, Orson Welles, Christiaan Barnard, o mundialmente famoso cirurgião cardíaco, Sandy & Junior, Robert Plant e Syd Barrett  .

Passou a tourear, baseando a sua carreira no fim da sua carreira, onde ainda vive, e onde até existe uma rua com seu nome ao avesso.


LucianaFranklin
Enviado por LucianaFranklin em 14/08/2018
Alterado em 19/11/2019
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