Celsa era uma enfermeira dedicada que trabalhava na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da cidade. Ela tinha unhas bonitas, longas, fortes, que ela lixava e pintava de vermelho, rosa ou azul durante os poucos instantes de folga no setor. Na graduação ela estranhava que uma professora orientava que hospital não era local para desfile de unhas, mas não compreendia porquê, já que as suas ela achava que eram limpas.
Um dia, ela estava realizando um procedimento de sucção de secreções de um paciente com hepatite e a unha do dedo mínimo trancou na mangueirinha, fazendo todo líquido derramar no seu jaleco, na maca e no chão.
Celsa correu para o banheiro, mas estava ocupado. Unhas lindas misturadas com expurgo. Olhou para suas belas, agora sujas unhas e percebeu que haviam algumas que foram quebradas, durante o desespero. Sem lixa naquele dia, fora exposta a maldição de ignorar. Será que era por isso que a professora dizia que hospital não era lugar para desfile de unhas? Será?