LucianaFranKlin

É a mim mesmo que pinto. Michel de Montaigne

Textos

Privilégios e educação

     A sociedade brasileira foi fincada enquanto estrutura organizativa e ideológica de país, na lógica da dualidade entre elite e povo, entre os governantes e os comuns. Desestruturar essa dualidade e refazer a concepção de país passa, fundamentalmente, segundo o autor, pela educação pública, mais especificamente através da escola de base comum a todos. O dilema da dualidade não é algo simples de resolução, pois foi incrustado nas subjetividades através do  história escravocrata não se apaga sem luta e sem uma ação sistêmica. Tais marcas históricas trazem uma indelével rasura no plano das vidas cotidianas, hoje.

A proposição de escola comum para todos está distante de se tornar realidade e de dialogar com sociabilidades criadas nas entranhas do capitalismo (na sua versão mais cruel), porém, fora da ordem burocrática burguesa na qual essa mesma escola foi constituída. A escola que temos, pelo menos enquanto organização burocrática, ainda está, predominantemente, arraigada a um sistema seletivo desde o início do Século XX.

LucianaFranKlin
Enviado por LucianaFranKlin em 06/02/2023
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