LucianaFranKlin

É a mim mesmo que pinto. Michel de Montaigne

Textos

Luxo e supérfluo

     O consumo de bens luxuosos é muito grande, desde as tribos indígenas, passando pela Antiguidade e pela Renascença, até os conglomerados das marcas atuais. Mesmo em um período marcado pela preocupação com o tempo presente, o luxo se configura como área de domínio da eternidade. A relação dos consumidores é cada vez mais uma relação emocional com as marcas que os fazem sonhar, e isso dá origem a um prazer muitas vezes tão intenso que parece durar para sempre. Há quem prefira comprar um carro luxuoso, ou levar o cachorro na creche do que colaborar com um prato de comida com quem passa fome. "Há mas eu ajudo o Lar dos Excepcionais, colaboro em cronificar a parca divisão de rendas, prefiro o pet porque ele não fala mal de mim para o professor da escola, nem tenho que levá-lo ao psicólogo, se eu não quiser".

LucianaFranKlin
Enviado por LucianaFranKlin em 17/05/2023
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