LucianaFranKlin

É a mim mesmo que pinto. Michel de Montaigne

Textos


BASE ONTOEPISTEMOLÓGICA

Sofrimento ético-político, articulado aos bons encontros.

Potência de ação, reflexão sobre liberdade.

Reconhecer a base ontológica e epistemológica permite demarcar um direcionamento ético e político.

Ideia de liberdade como ontologia afirma a expansão da vida como fundamento do humano ou como desejo que nos move em busca de encontros que aumentem nossas possibilidades de existência singulares e coletivas.

O cerceamento desse desejo está na gênese do sofrimento ético-político.

Liberdade não diz respeito a um problema individual. Também não é algo que se alcança na ordem da transcendência. Sua conquista é uma prática coletiva imanente que demanda a constituição de um comum ao próprio coletivo e que contribua para superar a exploração de uns pelos outros mediante relações de servidão fundadas em superstições ideológicas.

Estas ferramentas nos alijam de explicações individualizantes, essencializantes e isoladas. Com elas, nos distanciamos dos riscos de separar a subjetividade da política, o individual do coletivo, a composição de potências dos contextos e condições pelas quais se estabelecem relações. Com elas encontramos uma direção justamente naquilo que foi historicamente negado: o conhecer pelos afetos e a busca pela liberdade não nos limites entre indivíduo e sociedade, mas juntamente a partir de sua composição.

 

* Baseado no texto "LA LIBERTAD EN ESPINOSA COMO BASE ONTOEPISTEMOLÓGICA EN EL ENFRENTAMIENTO DEL SUFRIMIENTO ÉTICO-POLÍTICO", André Luis Strappazzon - Scielo

 

LucianaFranKlin
Enviado por LucianaFranKlin em 15/01/2024
Alterado em 15/01/2024


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