LucianaFranKlin

É a mim mesmo que pinto. Michel de Montaigne

Textos


Ainda está naquela fase da vida que emagrecer (não) gera loucura

Há um horizonte que nadifica, apequena, desqualifica o real.

 

Acontecimento como coesão do real, refere apenas efemeridades. Ser virou aparência do ser. Ser se torna um acidente.

 

Finalidade do devir, emerge algo, uma força se dobra. Ao criar a obra, está criando a si mesmo. Criação (governo) de si como obra de arte.

 

Acontecimento vira matéria e força virtual de produção de realidade.

 

Como apreender o abstrato do ponto de vista concreto?

O tempo é real, ele me atravessa, mas onde está o tempo? Você não pega ele com a mão, no entanto, ele é de verdade. Não tem abstrato mais concreto que o tempo. O efeito do tempo é totalmente concreto, no entanto é uma força abstrata. Corpo do fora. Incorporal, metafísico, mas é de verdade.

 

Emerge algo em mim. Um dentro se faz. Um meio que não separa. Que liga o dentro e o fora. Na fecundação também, une o dentro e o fora numa membrana cheia de vontade de ser dobrada. (Desejantes). Horizonte absoluto da nossa vida. Horizonte de querer a partir do acontecimento e não dentro de um eu, pois esse eu é um efeito de um acontecido em mim. O desejo não começa no eu, o desejo começa no acontecimento que é uma afirmação desejante como uma memória de futuro.

 

Há uma afirmação no comum sem a qual eu não me singularizo. O comum não é o universal, não é o público. O comum não é onde todos estão protegidos, de modo neutro em segurança. O comum é um princípio de afirmação da minha singularidade. Quanto mais eu encontro o comum, mais me singularizo, mais eu produzo a mim mesmo e só, comum também.

 

Ser mais inédito

Mais imprevisível

Mais interessante

Mais criadores de nós mesmos e de realidade.

Mais diferenciadores da nossa diferença.

 

 

 

 

 

LucianaFranKlin
Enviado por LucianaFranKlin em 17/01/2024
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