Psiquiatria da bolha de sabão"Noite e dia no castelo de La Borde, Jean Oury criou sua psiquiatria da bolha de sabão. Ele conheceu como poucos a aproximação com homens ocos, indivíduos escavados entre a potência e a existência, entre a concepção e a criação, entre o sonho e a realidade. Como poucos, ele descobriu as maneiras de tocar essa película que quase delimita, a pele hipersensível que quase dá contorno ao sujeito, força errática, forma não formada. Através de uma psiquiatria da bolha de sabão, Jean Oury aprimorou sua presença clínica: ele aguarda. Com os habitantes da clínica de La Borde ele aprendeu a tocar ao mesmo tempo em que guardava distância. Tato aguardante, na expectativa de uma manifestação. Sábio da espera, ele o paciente, soube que o movimento não cessa; é imperceptível boa parte do tempo e, às vezes, é espasmo. (...) O psiquiatra psicanalista foi criando a instituição (e não um “equipamento”, como ele gostava de chamar as organizações burocratizadas, sobretudo aquelas do Estado e da indústria médica) como um praticável. Praticável (... )".
https://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/index.php?apg=b_visor&pub=29&ordem=14 LucianaFranKlin
Enviado por LucianaFranKlin em 28/06/2024
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