LucianaFranKlin

É a mim mesmo que pinto. Michel de Montaigne

Textos


Depois da invenção da TV colorida os sonhos ficaram mais vívidos

Em 1/3 do tempo, não lembramos o que fazemos em nossas vidas, estamos dormindo e muitas vezes não recordamos dos sonhos, eles não fazem sentido. Temos pesadelos, sonhos eróticos, inspiradores, sonhos em que sentimos que estamos caindo, ou que estamos prestes a morrer e acordamos em choque. As vezes lembramos, mas superestimamos o que foi o sonho. É como tentar agarrar uma nuvem, não compreendemos totalmente, mas vivenciamos. A compreensão dos sonhos é uma busca. Aristóteles falava sobre sonhos lúcidos. Sonhos com pesadelos e sonhos eróticos são universais. Sonhos de queda ou de dentes caindo ocorrem em centenas de anos em diferentes culturas. Os padrões de sonhar são consistentes. Eles são impulsionados pelo cérebro. Então, quando a TV colorida surgiu (1944), os relatos de sonhos de milhares de pessoas que foram acordadas e perguntadas de seus sonhos, eles ficaram mais coloridos. A vida desperta alimenta a onírica. Muitos sonhos são visuais, outros emocionais, há muitos sonhos com movimento. Não há partes do cérebro desligadas, senão seria um AVC e você morreria. Tudo no cérebro é uma modulação, nada é nunca ligado ou desligado. Não é um interruptor, o fluxo sanguíneo está sempre indo para todos os lugares. Reduzir a rede executiva nos sonhos, permite que eles sejam ilógicos, selvagens. Os sonhos são um processo intensivo de auto exame. 

 

Rahul Jandial, neurocirurgião e neurocientista americano

LucianaFranKlin
Enviado por LucianaFranKlin em 18/10/2024
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