Instituto Inhotim, fantástica área dedicada à Arte  seu diálogo permanente com a Natureza, é
uma corruptela de Senhor Timóteo, antigo dono daquelas terras, que acabou tendo seu nome abreviado por Nhô Tim, pelos nativos. Daí o nome do parque seguindo a premissa do respeito às raízes.

Não visitei Inhotim desta vez. Quis dar o troco ( a que ponto chegamos!) por ter ouvido, ainda no Rio, ' te vira', ' não sou tua babá', 'sai da minha sombra' e coisas do gênero. E como dizia o Profeta, ' gentileza gera gentileza', resolvi surfar na máxima e deixei-a ir sozinha.

Lá pelo meio da tarde, restaurada a civilidade, me atrevi a perguntar : Tudo bem por aí? ao que lá respondeu : " Maravilha"!
Ao voltar, já metade da noite andada, descreveu em minúcias a companhia perfeita que encontrou para visitar o lugar. Sintonia de gestos, preferências e escolhas, tantas  e tão raras, que acertaram trocar contatos e fotos. Amigas para sempre! Uma pessoa dessas com que viajaria ao Extremo Oriente de olhos fechados!
Ouvi todo o relato e, ao final, não sei porque, me atrevi a perguntar apenas : 'qual o nome da moça?, ao que ela respondeu : 'Socorro'.

Você conhece alguém com fetiche por saboneteira? Dessas beeem comunzinhas, tipo Astra? Pois é! O episódio de hoje é sobre uma reles saboneteira preta que pedi emprestada para a o belzebu. Por todo percurso, foi vigiada como um objeto de acervo e resgatada com a volúpia de um tesouro. Meu pobre Dove Amêndoas, nem sabe que dormiu, por dias, enquanto decrescia de tamanho, num berço esplêndido. E eu tão pouco, que me ensaboava incensada pelos deuses.