![]() Os anormais de BénédictBénédict Morel foi o psiquiatra francês do século XIX que desenvolveu a teoria da degeneração, que considerava os "anormais" como indivíduos com constituições biológicas e psicológicas defeituosas, resultado de um processo de hereditariedade e degenerescência. Para Morel, esses "anormais" levavam a marca da sua própria inviabilidade em seus corpos, e a hereditariedade transmitia essa degeneração ao longo de gerações, culminando em esterilidade. A teoria da degeneração influenciou a psiquiatria e a compreensão da loucura e da criminalidade na época, considerando os "anormais" como um problema social que precisava ser controlado.
Morel acreditava que certas condições físicas e mentais, como transtornos psicológicos e comportamentais, eram o resultado de uma constituição biológica defeituosa, transmitida hereditariamente e a anormalidade era um sinal de degenerescência, um processo de declínio biológico e moral que afetava a espécie humana. Sua teoria enfatizava a hereditariedade como o principal mecanismo de transmissão da degeneração, com a crença de que ela se acumulava ao longo de gerações, podendo levar à extinção da linhagem.
A teoria da degeneração influenciou a psiquiatria e a compreensão da loucura e da criminalidade, levando a tratamentos e abordagens que visavam controlar ou "remediar" a degenerescência, surgiu em um contexto de crescente interesse pela ciência e pela busca por explicações biológicas para a loucura e a criminalidade, e foi utilizada para justificar práticas como a esterilização e a eugenia.
FOUCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, Hubert L. e RABINOW, Paul. Michel Foucault: uma Trajetória Filosófica. Para Além do Estruturalismo e da Hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
Foto: Paul-Michel Foucault
LucianaFranklin
Enviado por LucianaFranklin em 23/04/2025
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