Entrega voluntária?

"O dinheiro até pode atrair aliados por algum tempo, mas o que faz alguém ser eternamente leal e grato é outra coisa".

Zero Hora, coluna de Paulo Germano em 07/05/22

Umberto nasceu de um pai e uma mãe dependentes químicos(DQ). O pai foi adotado porque sua mãe biológica também era DQ. Humberto tivera uma tia, irmã do pai, foi adotada porque sua mãe também era DQ. Essa tia cometeu suicídio aos 30 anos depois de oito tentativas. Todos frequentavam psicólogos, psiquiatras, terapeutas holístico e cultos religiosos. Quando Umberto tinha 3 anos, os pais se separaram e a avó paterna, temendo pelo destino do neto, ofereceu 30 000 reais para obter a guarda da menina, e a mãe aceitou. Em 31 de julho o menino completou 8 anos e a mãe resolveu alugar um " quartinho" para que ele fosse morar com ela. A avó relatou para uma pessoa dos serviços gerais da UBS que ela havia comprado a criança e que não aceitaria perder todo o dinheiro que havia pago por ela. A pessoa que ouviu isso denunciou a avó paterna e a mãe. Agora o judiciário quer depoimento da pessoa dos serviços gerais da UBS.

FONTE:

PRIMEIRAS INFÂNCIAS E FORMAS DE PRODUZIR FAMÍLIAS: NARRATIVAS DE ATORES PÚBLICOS SOBRE ENTREGA

VOLUNTÁRIA, DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR, ADOÇÃO E RUMORES DE TRÁFICO DE CRIANÇAS COM

ATÉ 6 ANOS DE IDADE NO BRASIL, Diagnóstico Nacional da Primeira Infância, Brasília 2022. https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2023/04/eixo3-primeira-infancia-relatorio-qualitativo.pdf

IMAGEM:

Museu da pessoa, https://museudapessoa.org/historia-de-vida/as-vilas-de-minha-vila-isabel/