LucianaFranklin

“A palavra é metade de quem a pronuncia, metade de quem a escuta” Michel de Montaigne

Textos


A vacuidade e a filosofia da decadência

“Emil Cioran¹ foi um cinzelador de cenotáfios (expressão artística, usada em português, que se refere a um artista, geralmente um escultor ou gravador, que trabalha com a criação de cenotáfios – monumentos vazios, muitas vezes em forma de túmulo, que honram a memória de pessoas ou eventos sem a presença dos restos mortais), um artista do desespero e um poeta da arte mais difícil: o epitáfio. Vejo sua obra como um esbelto mausoléu, um cubo negro e resplandecente, que não abriga nenhum cadáver, mas algo, por essência, indefinível: a vacuidade.”

 

¹ Emil Mihai Cioran nasceu na Transilvânia em 8 de abril de 1911 e faleceu em Paris em 20 de junho de 1995. Foi um escritor e filósofo romeno radicado na França. Algumas de suas ideias notáveis são o pessimismo (de Schopenhauer), ceticismo (de Montaigne), cinismo (de Diógenes), niilismo (de Nietzsche) e antinatalismo, posição filosófica que atribui um valor negativo ao nascimento. Um jornal britânico o chamou de "o rei dos pessimistas", um francês de "arauto de miséria humana", e "o niilista que o século XX profetizou". Suicídio, morte, obsessão, vazio são temas recorrentes em sua obra, e se chamava aos dezenove anos de "especialista no problema da morte".

 

 

FONTES:

 

CIORAN, Emil. O inconveniente de ter nascido. Tradução de Manuel de Freitas. Lisboa: Letra Livre, 2009.

_______________ . Breviário de Decomposição. Trad. José Thomaz Brum. Rio de Janeiro: Rocco, v. 2, p. 11-100, 1995.

_______________. Nos cumes do desespero. Tradução de Fernando Klabin. São Paulo: Editora Hedra, 2012.

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Emil_Cioran

 

 

LucianaFranklin
Enviado por LucianaFranklin em 07/08/2025
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